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Projeto Rural Sustentável Implementa BBZs em Porto da Folha, Sergipe

Atualizado: 25 de jan. de 2023



Aconteceu, no último dia 13 (sexta-feira), a oficina de implementação e montagem das Barragens de Base Zero do Projeto Rural Sustentável da Caatinga em Sergipe. A Equipe de Técnicos da AGENDHA esteve em campo com as famílias colaboradoras da Comunidade Lagoa da Volta, município de Porto da Folha. A oficina e a montagem da BBZ, aconteceu na propriedade do agricultor familiar, Senivaldo Ribeiro.

Nesta oficina, destacamos o processo de participação das mulheres, que desde a etapa do diagnóstico, tem demonstrado grande interesse e, contribuído em diversos âmbitos do Projeto. Durante as ações de intervenção no campo que envolve o estudo, o mapeamento, a coleta do solo, a marcação e a montagem das BBZs, as mulheres da Comunidade Lagoa da Volta mostraram a força do compromisso e da participação feminina.

O PRS Caatinga promove a adoção de tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono (TecsABC) no semiárido brasileiro. Trata-se de um conjunto de técnicas que aperfeiçoam atividades produtivas, reorientando-as para a redução das emissões de gases de efeito estufa, a preservação dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental enquanto mantém ou ampliam a produção agropecuária de maneira sustentável. Durante a formação, foram tratados os temas: fortalecimento da coletividade nas bases, empoderamento e protagonismo feminino, barragem base zero em dinâmica com maquete, matérias e ferramentas utilizadas, formas de marcação e montagem coletiva.


Contextualização da Experiência


Localizadas dentro e nas intermediações do URAD – Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas, o PRS Caatinga da AGENDHA, envolve diretamente as 60 famílias, nas Comunidades Pedro Leão, Lagoa da Volta e Povo Indígena Xokó na Ilha São Pedro, município de Porto da Folha, e o Assentamento Ana Patrícia II; Assentamento Pedrinhas, Garrote do Emiliano; Bom Jardim, Lagoa Dantas e Assentamento Novo Paraíso, no município de Porto da Folha.


A Unidade de Recuperação em Áreas Degradadas, é uma iniciativa singular no Brasil, que possui o apoio e o envolvimento de diversas entidades, na perspectiva de desenvolver uma agenda de implementações de tecnologias sociais e de baixo carbono, bem como ações de formação em convivência com o semiárido, agricultura resiliente ao clima, preservação ambiental, manejo da água e do solo, no Alto Sertão Sergipano, municípios de Canindé do São Francisco e Poço Redondo.


Surgiu no Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável e Combate à Desertificação (DRSD), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tem por competência implementar a Política Nacional de Combate à Desertificação (Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015). A iniciativa selecionada pelo Departamento, foi responsável pela implantação das Unidades de Recuperação de Áreas Degradadas e Redução da Vulnerabilidade Climática – URAD e, hoje, representa uma estratégia fundamental para diminuir o desmatamento e, combater a mudança climática. Em consonância, essas ações pretendem construir novas formas de convivência com o semiárido para as famílias agricultoras, os povos e as comunidades tradicionais.


Localizado na microbacia hidrográfica do rio Jacaré, as comunidades participantes do PRS Caatinga, tem nos riachos intermitentes os locais apropriados a implementação das Tecnologias de Baixo Carbono (TecsABC). O riacho Novo, o Córrego Santa Maria e o riacho do Brás, são os principais afluentes do rio, este último é considerado o mais importante da sua margem esquerda. À margem direita do rio Jacaré, os principais riachos são: do Boqueirão, da Guia, São Clemente e o riacho Craibeiro, que possuem características físicas semelhantes, como a vegetação e o relevo.


O regime do rio Jacaré, depende da constância do escoamento, neste sentido, sua fisiografia propicia condições favoráveis a implementação das BBZs. Aliada as tecnologias de baixo carbono, as BBZs contribuem para evitar o fenômeno de desgaste do solo, decorrente da erosão, na medida em que, retém os resíduos que seriam arrastados pelas chuvas. O uso das pedras, em formato de arco romano, serve para conservar a água nos terraços, formando ambientes ricos para o cultivo de alimentos.


Durante a oficina formativa, o Técnicos de Campo: Eudes Andrade e Tiago Cipriano, trataram dos seguintes temas: fortalecimento da coletividade nas bases, empoderamento e protagonismo feminino, barragem base zero em dinâmica com maquete, matérias e ferramentas utilizadas, formas de marcação e montagem coletiva.


A AGENDHA é parceira do Projeto Rural Sustentável Caatinga - uma iniciativa financiada pelo Fundo Internacional para o Clima do Governo do Reino Unido em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional. A sua execução é realizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS).


Texto: Bruna Cordeiro - ASCOM AGENDHA

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