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Projeto REDESER participa de Seminário Cultivando Água nas Caatingas promovido em dois municípios de Alagoas

05/06/2025


Brasília, 5 de junho de 2025Em celebração à Semana do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Projeto REDESER – “Revertendo o Processo de Desertificação nas Áreas Suscetíveis do Brasil: Práticas Agroflorestais Sustentáveis e Conservação da Biodiversidade” –, em parceria com a Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (AGENDHA) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), realizaram nos dias 4 e 5 de junho o seminário “Cultivando Água nas Caatingas”, com atividades nos municípios de Piranhas e Olho D’Água do Casado, em Alagoas. 


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O evento teve como objetivo apresentar as ações em andamento no âmbito do projeto, divulgar resultados parciais e promover o intercâmbio de experiências entre famílias assentadas, gestores públicos, instituições de pesquisa e representantes de organizações nacionais e internacionais. 


A programação destacou vivências em sistemas barrocais – barramentos com rochas que somam sombra e umidade para cultivos em aluviões – e rampas, que são reservas agroecológicas com mandacarus, palmas e outras forrageiras da sociobiodiversidade. Essas tecnologias de base agroecológica, voltadas à convivência com o Semiárido, vêm sendo desenvolvidas e implementadas com a participação ativa das famílias agricultoras beneficiadas. 


O seminário contou com a presença de Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca do MMA, e de Manoel Timbó, coordenador técnico do Projeto REDESER pela FAO. Estiveram presentes também representantes das prefeituras locais; das Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH/SRH) de Maceió/AL; do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF); das secretarias municipais de meio ambiente de Olho d'Água do Casado (SEMAPA) e de Delmiro Gouveia (SEMEA); e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por meio da Associação Pegadas na Caatinga. 


Durante a programação, os participantes visitaram áreas demonstrativas do projeto nos assentamentos Olga Benário e Nova Esperança, onde vivenciaram experiências concretas de produção agroecológica, manejo da água e conservação da biodiversidade, adaptadas às condições da Caatinga. As atividades incluíram rodas de diálogo, visitas técnicas, trocas de saberes e degustações de produtos regionais, promovendo a integração entre práticas sustentáveis, fortalecimento comunitário e construção de políticas públicas baseadas na experiência de campo. 


Segundo Manoel Timbó, “está sendo implementada uma estratégia de culturas forrageiras com soluções baseadas na natureza e na convivência com o Semiárido. Com a implantação de 300 hectares de áreas produtivas com palma e outras espécies forrageiras, buscamos recuperar territórios degradados e evitar novos processos de desertificação nessas regiões semiáridas”. 


Revertendo a desertificação

O projeto REDESER atua no combate à desertificação em áreas vulneráveis do bioma Caatinga, promovendo a recuperação ambiental e o fortalecimento da resiliência climática. Por meio de práticas agroflorestais sustentáveis, conservação da biodiversidade e manejo adequado dos recursos naturais, o projeto visa reverter os danos causados pela degradação do solo, da água e da vegetação. 


No Sertão Alagoano, o projeto concentra-se na implementação de unidades de recuperação de áreas degradadas em seis assentamentos da reforma agrária, localizados nos municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Olho D'Água do Casado, com apoio da AGENDHA.




 
 
 

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