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Investimentos no rural impactam na estabilidade da pobreza na Bahia

Por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), houve um aumento da população em situação de pobreza em todos os estados brasileiros. Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), felizmente, o percentual da população pobre na Bahia está entre os quatro menores índices de aumento em comparação com os demais estados.


Em relação a janeiro de 2019 e de 2021, o estado da Bahia está na contramão nacional. No Distrito Federal, o aumento da pobreza chega 7,9%; no Rio de Janeiro, a taxa é de 6,9%; em Roraima 6,4%; e em São Paulo 5,9%, enquanto na Bahia foi de 0,7%.


Investimentos realizados pelo Governo do Estado na agricultura familiar podem refletir nessa não ampliação da pobreza, por exemplo, no meio rural. Já são mais de R$2,1 bilhões de recursos financeiros investidos em políticas públicas para ampliar a inclusão de renda de agricultores, por meio de projetos importantes como o Bahia Produtiva e o Pró-Semiárido, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).


Levantamentos internos realizados pela CAR indicam que, no Projeto Bahia Produtiva, a renda média liquida mensal por família beneficiária, que era de R$ 941,13, em 2016, aumentou para R$ 1.164,51. As famílias assistidas pelo projeto Pró-Semiárido também apresentaram aumento na renda, passando de R$ 1.335,00 para R$ 1.534,27.


De acordo com o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, são recursos injetados na economia baiana, no consumo de alimentos e bens de primeira necessidade, por exemplo: “Os nossos projetos vão, desde a assistência técnica na base de produção, passa pela agroindustrialização da produção e alcança também a comercialização, ajudando uma quantidade expressiva de agricultores em toda Bahia a melhorarem a sua renda. Tudo isto, no conjunto, impacta diretamente na qualidade de vida das famílias que mantém e até ampliam as possibilidades de superação dos fatores restritivos da pobreza”.


Para o coordenador de Acompanhamento de Políticas de Inclusão Socioprodutiva e Sustentabilidade da Casa Civil, André Santana, o Governo do Estado tem atuado de forma incisiva com políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar: “Isso certamente tem impacto na resiliência da população mais vulnerável para o enfrentamento da situação de crise econômica, agravada pela pandemia. Vale ressaltar que outras políticas do Governo do Estado contribuem para essa resiliência, entre elas, o repasse em dinheiro para a alimentação da comunidade escolar e custeio das contas de água para o público da tarifa social, dentre outros investimentos estruturantes que já estavam em curso”.



Produtividade e geração de renda

Na Cooperativa Agropecuária Familiar de Massaroca e Região (Coofama), localizada em Juazeiro, os agricultores familiares cooperados têm aumentado a criação de galinhas caipiras e garantido renda de até R$ 1.700,00 por mês com a venda dos ovos.


A Coofama é uma das cooperativas apoiadas pelo projeto Pró-Semiárido, com investimentos da ordem de R$1,1 milhão. Os recursos foram aplicados na construção do Entreposto de Ovos da Caatinga, primeiro da agricultura familiar certificado pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), na estruturação de aviários e no acompanhamento técnico continuado, beneficiando diretamente 90 agricultores familiares das comunidades de Canoa, Cachoeirinha, Curral Novo e Lagoa do Meio.


Para a agricultora Jaciara dos Santos, a criação de galinhas e a venda dos ovos representa independência: “Trabalho na minha propriedade, na minha roça e faço meus horários. Hoje, estou com 280 aves com postura. A venda dos ovos é a minha fonte de renda”.


No município de Barra do Choça, a Cooperativa Mista dos Pequenos Cafeicultores de Barra do Choça (Cooperbac), conta com investimentos de R$ 5,4 milhões, do projeto Bahia Produtiva. As 335 famílias agricultoras produtoras de café associadas surpreendem com a conquista da renda mensal. De acordo com a presidente da cooperativa, Johara Oliveira, os investimentos estão qualificando desde o campo, com a instalação de estufas e despolpadores, até a agroindústria, com maquinários. Com isso, os cooperados chegam a obter uma renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 8mil.


Joara afirma uma agregação de valor de até R$150 reais por saca: “Café que antes secava no chão batido, hoje é seco na estufa. Isso representa um ganho considerável, tendo em vista que vai ser multiplicado pelo número de sacas produzidas. Além disso, acabamos de lançar um café premium, que será ainda mais valorizado. Esse produto é a concretização desses investimentos do Bahia Produtiva e vai aumentar ainda mais a renda dos nossos produtores”.


Publicador originalmente por: SDR em 27/08/2021

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