As equipes técnicas do Projeto Ater Agroecologia foram recepcionadas pelo senhor Luiz Pereira de Sá e sua filha Andrecia Monteiro de Sá, que fazem parte das 540 famílias agricultoras, povos e comunidades tradicionais, beneficiárias da Chamadas Ater Agroecologia 01/2018 da SDR/Bahiater/Governo da Bahia. A ação aconteceu nos Povoados Sítio do Lúcio e Campos Novos, em Paulo Afonso e contou com o envolvimento de várias famílias da comunidade.
No total, foram 24 mudas plantadas, sendo duas de cada espécie, que estão diversificadas entre plantas medicinais, usos múltiplos e frutíferas, com predominância de espécies da Caatinga. Sendo: Mulungu, Caraibeira, Jacuretá (Jatobá), Leucena, Pau-Ferro, Mororó (Pata de Vaca), Moringa, Umbu, Tamarindo, Caju, Trapiá e Azeitona.
Para a agricultora familiar, Joelma Teixeira Lima, do Povoado Campos Novos, esse projeto vai ajudar o meio ambiente que está muito devastado, mas também vai contribuir com a produção de alimentos. Ela destaca ainda a importância de ter o acompanhamento técnico na comunidade:
“Eu fui beneficiada com esse plantio de mudas, nós recebemos muitas dicas de como trabalhar com a terra, como proteger nosso solo e como adubar nossas plantas. Aqui na minha roça, eu tenho outras frutíferas que consigo comercializar, no tempo da chuva, como o caju, o umbu, o licuri e a laranja. Eu consegui tirar e comercializar muitas laranjas nessa última safra.
O repovoamento florestal da AGENDHA, visa produzir e plantar, 110.000 mudas de plantas nativas na ESEC e da Agrobiodiversidade de PCTAFs (Povos e Comunidades Tradicionais, Extrativistas e da Agricultura Familiar), e, 40 mil mudas para reflorestamento das comunidades do entorno da UC (Unidade de Conservação). Essa ação vai contribuir, não só com o repovoamento florestal das áreas de caatinga dos agroecossistemas atendidos na Chamada, como também a formação de pomares e o uso das PANC’s (Plantas Alimentícias Não-Convencionais).
Edvalda Aroucha, sócio fundadora da AGENDA, destaca a importância do apoio do Governo do Estado, por meio da SDR e suas unidades, especialmente nesse período de pandemia e de consequências desse período:
“A SDR chega com esse suporte e aporte às famílias, principalmente para a segurança alimentar. É nesse contexto que a AGENDHA centra suas ações visando reduzir os impactos da pandemia, entre elas organizando a produção de mudas frutíferas, que irão beneficiar famílias selecionadas no edital emergencial do Bahia Produtiva”. Ela salienta ainda que a ação da SDR é estruturante, pois além de levar o projeto de inclusão, leva também para as famílias, o assessoramento técnico, que é a parte de continuidade e fortalecimento da ação.
O Projeto ATER Agroecologia vai acompanhar por três anos diversas comunidades, no Território Itaparica/BA e Semiárido Nordeste II, e visa a inclusão socioprodutiva de agricultores familiares e associações, no fortalecimento dos agroecossistemas familiares, tomando como foco o desenvolvimento rural sustentável, a superação da pobreza rural, a sustentabilidade sócio ambiental com enfoque agroecológico priorizando as questões de gênero e geração, fundamentada no princípio de que as pessoas são centrais na promoção do desenvolvimento.
O Viveiro de Mudas da Sociobiodiversidade, das Caatingas e dos Cerrados é uma iniciativa da AGENDHA, que possui o apoio financeiro do GEF Terrestre (Fundo de Desenvolvimento Global), em parceria com o @funbio_brasil (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Ministério do Meio Ambiente – Governo Federal. E, pela @onetreeplanted (One Tree Planted). Tem o apoio da @diocesepauloafonso (Diocese de Paulo Afonso) na disponibilização das áreas do Recanto Solidário para sua construção e funcionamento.
Texto: AGENDHA/ASCOM