O Laboratório de Análise de Sementes e Mudas (LABASEM), foi criado em 2010, possui caráter didático, tendo por meta capacitar alunos/as dos cursos de graduação em Agronomia e Engenharia Ambiental. É referência em técnicas de análise de sementes e mudas, visando a publicação de trabalhos técnicos-científicos, contribuindo, assim, com os avanços na área. Dentre as disciplinas que o LABASEM aporta, destacam-se: a Produção e Tecnologia de Sementes, a Análise de Sementes, a Patologia de Sementes, a Horticultura, a Olericultura, a Fruticultura, as Grandes Culturas, a Fisiologia Vegetal, entre outras.
A AGENDHA, atendendo a chamada pública 06/2019, referente ao Projeto GEF Terrestre - Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade, está habilitada para sua execução, com o propósito de implementar a recuperação no interior e entorno da Estação Ecológica Raso da Catarina, utilizando diversos métodos e técnicas, como o geoprocessamento por drone, a parceria com viveiros de mudas e universidades.
Propõem-se a recuperação de 55 (cinquenta e cinco) de áreas que são estratégicas pela configuração de degradação de uma vegetação referência, denominada Mata da Pororoca e, que também é rota de migração da Arara azul de lear (Anodorhynchus leari), que se encontra na condição de espécie em perigo. Será implantado um viveiro para 100.000 mudas de plantas nativas na ESEC e da Agrobiodiversidade de PCTAFs – Povos e Comunidades Tradicionais, Extrativistas e da Agricultura Familiar, do entorno da UC.
A semente tem sua qualidade avaliada por um conjunto de atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários, que são determinados pela análise de uma amostra representativa por lote. A análise de sementes representa os procedimentos técnicos utilizados para avaliar a qualidade e a identidade da amostra. Um laboratório de sementes, visto como o centro da verificação da qualidade, é uma unidade constituída e credenciada especificamente para proceder a análise e emitir o respectivo boletim.
De acordo com a legislação pertinente, baseia-se nas Regras para Análise de Sementes (RAS), que se fundamentam na uniformidade dos procedimentos e especificam padrões para os diferentes métodos de análises empregados, assim como os tamanhos máximos para os lotes de sementes e o peso mínimo da amostra média ou submetida e da amostra de trabalho para os diferentes tipos de teste. É na busca por essa qualidade que a AGENDHA realizou junto a Universidade Federal de Patos, mas propriamente, com o LABASEM do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, a troca por sementes.
De acordo com o Engenheiro Florestal do Projeto, Carlos Magno:
A universidade não faz doação sistemática de sementes, tendo em vista as limitações para se obter grande quantidades com qualidade para armazenamento e repasse. Porém, no futuro, almeja-se uma parceria com o intuito de realizar trocas de serviços e materiais com o LABASEM, que proporcione condições para que as duas entidades avancem nos estudos e nos resultados para a recuperação de áreas degradadas do Bioma Caatinga.
Foram recebidas pela AGENDHA, na última doação, as sementes de: Angico de caroço, aroeira, braúna, canafístula, catingueira, caraibeira, Ipê-roxo, juá, mandacaru, mulungu, pau-ferro, tamboril, trapiá, umari, umbu, umburana de cheiro. Essas sementes foram beneficiadas com serrapilheira, MB4 e calcário e, encaminhadas para a Unidade Demonstrativa da AGENDHA que está localizada no Recanto da Solidariedade, em Paulo Afonso/BA. Com elas serão produzidas e distribuídas mudas nas comunidades do entorno e na Estação, além de outras áreas de atuação dos Projetos.
Por Bruna Cordeiro - AGENDHA
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