JEREMOABO
Conheça as experiências das comunidades envolvidas
Jeremoabo, é uma pequena cidade localizada no nordeste da Bahia, possui uma história rica e uma conexão profunda com a natureza ao seu redor. Foi em 25 de outubro de 1831 que Jeremoabo recebeu o status de vila, por meio de um decreto histórico. Posteriormente, em 6 de julho de 1925, o município foi oficialmente estabelecido pelo decreto nº. 1775. Essas datas marcantes moldaram o destino da cidade e seu desenvolvimento ao longo dos anos.
O nome "Jeremoabo" tem suas raízes na língua tupi, remetendo à "plantação de jerimum", que significa abóbora. Essa denominação etimológica revela a importância da agricultura na região. A economia de Jeremoabo é, em grande parte, baseada na agricultura, com destaque para a agricultura familiar. Os agricultores locais cultivam diversos produtos, incluindo a abóbora, que dá origem ao próprio nome da cidade, além de outras culturas típicas da região.
As comunidades quilombolas merecem destaque especial nessa região estudada. Elas estão inseridas na Estação Ecológica do Raso da Catarina (ESEC), que se encontra às margens do rio Vaza Barris, à direita do rio São Francisco. Essa área é de grande importância ambiental e preservação da biodiversidade, sendo um ambiente propício para a preservação de espécies e ecossistemas.
PERFIL DAS COMUNIDADES
No coração da ecorregião do Raso da Catarina, em Jeremoabo, Bahia, encontramos um tesouro vivo de cultura e natureza entrelaçadas. As comunidades tradicionais, formadas por quilombolas, há séculos estabeleceram um elo profundo com o território que chamam de lar. Nas vastas extensões dos quilombos, um cenário de usos e costumes se desenrola harmoniosamente.
O território quilombola é um verdadeiro mosaico de atividades, onde moradia, produção e cultivo, extrativismo, criação de animais, caça, pesca e a preservação do patrimônio cultural se entrelaçam em um balé sagrado. Essas comunidades empreendem condutas territoriais que transcendem o simples habitar. Com habilidade e sabedoria ancestral, eles se tornam guardiões do espaço, protegendo-o de invasores e exploradores vorazes, mantendo assim a integridade ambiental das áreas que lhes são sagradas.
Os quilombolas e indígenas exemplificam, na prática, a interdependência entre o bem-estar humano e o bem-estar das matas, das florestas e das águas. Suas vidas estão entrelaçadas com o ecossistema ao seu redor, e sua sobrevivência depende da preservação desses recursos naturais. É uma relação simbiótica, onde o cuidado com a terra é retribuído com a fartura e a harmonia que ela oferece.
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA
A Associação dos Produtores do Povoado de Baixão de Cima, conhecida como ASPROBACI, tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da agricultura familiar na região. Fundada em 19 de abril de 2005, a associação surgiu da necessidade das famílias locais de buscar melhorias estruturais, sociais e econômicas.
Um dos resultados positivos dessa busca por alternativas e união das famílias foi a criação de uma unidade de beneficiamento da mandioca, também conhecida como casa de farinha. Esse espaço, além de possibilitar a produção e armazenamento da mandioca, serve como local para reuniões, treinamentos de aperfeiçoamento e qualificação da mão-de-obra. Atualmente, o empreendimento conta com 28 representantes de famílias que participam ativamente da produção, gestão e comercialização.
A produção e o beneficiamento de mandioca são cíclicos, permitindo que as famílias se dediquem a outras atividades associadas durante a entressafra. A farinha produzida é processada, armazenada e comercializada ao longo dos meses. Além da mandioca, as famílias também se dedicam à produção de hortifrúti, com destaque para o beneficiamento de frutas na forma de polpa. Outra estratégia adotada pela associação foi o processamento de massas, com a produção de bolos, beijus e tapiocas.
SISTEMATIZAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
A Associação dos Produtores do Povoado de Baixão de Cima, conhecida como ASPROBACI, tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da agricultura familiar na região. Fundada em 19 de abril de 2005, a associação surgiu da necessidade das famílias locais de buscar melhorias estruturais, sociais e econômicas.
Um dos resultados positivos dessa busca por alternativas e união das famílias foi a criação de uma unidade de beneficiamento da mandioca, também conhecida como casa de farinha. Esse espaço, além de possibilitar a produção e armazenamento da mandioca, serve como local para reuniões, treinamentos de aperfeiçoamento e qualificação da mão-de-obra. Atualmente, o empreendimento conta com 28 representantes de famílias que participam ativamente da produção, gestão e comercialização.
A produção e o beneficiamento de mandioca são cíclicos, permitindo que as famílias se dediquem a outras atividades associadas durante a entressafra. A farinha produzida é processada, armazenada e comercializada ao longo dos meses. Além da mandioca, as famílias também se dedicam à produção de hortifrúti, com destaque para o beneficiamento de frutas na forma de polpa. Outra estratégia adotada pela associação foi o processamento de massas, com a produção de bolos, beijus e tapiocas.
ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL
As famílias e suas Organizações precisam de uma ATER confiável e audaz, para com essa confiabilidade adotarem a transição e práticas agroecológicas que possam prover suas vidas com alimentos saudáveis e renda com base nos princípios da economia justa e solidária. A Assistência Técnica e Extensão Rural para a Promoção da Agroecologia nas Unidades Produtivas Familiares, será realizada pela AGENDHA que possui vasta experiência técnica no âmbito das relações agroecológicas, socioambientais, socioprodutivas e de gênero, desenvolvendo tecnologias sociais, segurança e autonomia alimentar e nutricional, hídrica e energética (renovável) acumulada ao longo dos 18 anos de atuação.
Esta proposta visa incluir 540 famílias agricultoras familiares, povos originários e comunidades tradicionais, distribuídas nos Territórios de Identidade Itaparica [Abaré, Chorrochó, Glória, Macururé, Paulo Afonso e Rodelas] e, Semiárido Nordeste II [Jeremoabo e Santa Brígida] com ações estarão voltadas para atender as vocações agropecuárias.
Sendo alguns municípios ribeirinhos, certamente as “atividades selecionáveis” demandarão iniciativas aquícolas associativa da pesca artesanal (ampliando a agroecologia em ambientes aquáticos), inclusive utilizando-se dos barreiros trincheira para o povoamento com espécies nativas e adaptáveisa exemplo do Tambaqui (onívora); Curimatã (nativa e“lixeira”) e Carpa Prateada(fitoplantófaga), provendo as famílias de complemento alimentar de proteína animal.
540
FAMÍLIAS CADASTRADAS
E ATENDIDAS
54
CARACTERIZAÇÃO DO
AGROECOSSISTEMA FAMILIAR
24
SEMINÁRIOS DE
PLANEJAMENTO COMUNITÁRIO
24
DIAGNÓSTICOS
COMUNITÁRIOS PARTICIPATIVOS
21
ATIVIDADES COLETIVAS