No último dia 19 de janeiro, a Associação da Comunidade dos Quilombolas de Souza, localizada no município de Porteiras/CE, avançou em mais uma etapa do Projeto Farmácia Viva da Caatinga: Fortalecimento Social e Econômico do Bioma. O coordenador executivo da AGENDHA Maciel Silva e o Coordenador Administrativo Financeiro Fabiano Lima estiveram presentes na cerimônia que entregou 55 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e 55 Bicicletas aos extrativistas beneficiários do Projeto Farmácia Viva.
As ações do Projeto estão focadas no trabalho de manejo sustentável e preservação da Fava D’anta. Os kits contém perneira, luvas, bota, óculos de proteção e blusa do projeto. Além de facilitar o acesso as áreas de fava d’anta, o equipamento pretende humanizar o processo de coleta, valorizando o trabalho dos agricultores familiares extrativistas.
Foi um dia repleto de encontros, cultura e alegria que preencheu a sede da Associação, com a marcante presença dos principais representantes da diretoria, associados, suas famílias e a comunidade em geral. Entre os participantes destacaram-se também Daniele de Carvalho e Francisco Campello, da Fundação Araripe, além de gestores municipais e outros convidados ilustres. O evento foi embalado pela apresentação de samba de coco, proporcionando momentos memoráveis a todos os presentes.
“Para a AGENDHA com apoio do PNUD/GEF/MMA e tendo como parceiro local a Fundação Araripe, a entrega dessas bicicletas a Associação oferece indispensável contribuição ao trabalho das famílias extrativistas. As bicicletas contribuirão para facilitar a dinâmica e o transporte ecológico da coleta da fava d’anta, um dos principais produtos do Projeto Fitoterápicos. O projeto continua com outras atividades, todas elas contribuindo para a economia social local e para reduzir os impactos das mudanças climáticas no bioma caatinga”, afirmou Edvalda Aroucha, Coordenadora do Projeto na AGENDHA.
O Quilombo dos Souza, onde a Associação está situada, é reconhecido pela Fundação Palmares desde 2005, simbolizando resistência e perseverança. Fundado por Raimundo Valentim de Sousa, conhecido como Raimundo Preto, no século XVI, o quilombo abriga hoje 330 famílias. É um exemplo não apenas de resistência, mas também de manutenção da identidade cultural em meio aos desafios históricos enfrentados pelo povo negro na região.
Francisco Campello, diretor técnico da Fundação Araripe, destaca a importância dos EPIs e bicicletas no fortalecimento da atividade extrativista. "Os EPIs foram pensados para ajudar a fortalecer a atividade, protegendo os extrativistas e proporcionando conforto em sua função diária. Já o uso da bicicleta visa minimizar a carga física do extrativista, além de ser um meio de transporte ecológico", explica Campello.
O Projeto Farmácia visa promover a formação contínua dos beneficiários para fortalecer o extrativismo sustentável da Fava d’anta, contribuindo para a recuperação da biodiversidade, ampliação das áreas de coleta de plantas nativas e humanização do processo de coleta, ele é financiado pelo Global Environment Facility (@gef_global_environment), é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (@mmeioambiente) e executado pelo PNUD (@pnud_brasil), em parceria com a AGENDHA.
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