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Espaços de roda de aprendizagem garantem troca de saberes e autonomia para as famílias agricultoras

Foto do escritor: Bruna Cordeiro - ASCOM Bruna Cordeiro - ASCOM

Para estimular a resolução coletiva de problemas na criação de animais e cultivos, o Governo do Estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, tem realizado rodas de aprendizagem. O momento conta com o acompanhamento de um técnico ou técnica de Assistência Técnica Contínua (ATC) e se configura como um importante espaço de troca de saberes.



“É nas rodas de aprendizagem que acontece a formação dos agricultores como protagonistas do processo de assistência técnica continuada, que o projeto oferta através das entidades ATC. Esse processo busca uma reflexão crítica sobre o tema, rumo ao processo de transição agroecológica. Os agricultores trocam experiências e a partir da reflexão e da tomada de decisão sobre os problemas relacionados com o tema há o convite para uma ação prática. Daí há geração de um conhecimento novo”, afirma Carlos Henrique Ramos, subcoordenador do capital produtivo e de mercados do Pró-Semiárido.


As rodas são o principal instrumento para o processo de Assistência Técnica Contínua do projeto e estão entre as metodologias aplicadas dentro do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Convivência com o Semiárido (Neacs) – espaço de estímulo e reflexão para técnicos/as e agricultores/as do projeto.


Na comunidade de Serrinha das Imagens, no município de Casa Nova, território de identidade Sertão do São Francisco, a agricultora Jandeliana Santos e o agricultor Edilson Nepomucena estão reaplicando a prática de produção de ração, que aprenderam em uma roda de aprendizagem sobre manejo alimentar de aves. O espaço contou com o apoio da técnica de ATC do Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade (Sajuc), entidade parceira do Pró-Semiárido.


“Hoje podemos manter nossos animais com o que a Caatinga e nossa propriedade têm a oferecer, pois aprendemos nas reuniões e roda de aprendizado como aproveitar melhor as nossas plantas e transformar em ração, pois está muito caro o custo dos grãos no mercado, assim, não teríamos condições de manter”, destacou o agricultor Edilson Nepomucena. Para a técnica do Sajuc, Dulce Ferreira, esse “é um resultado bom, fruto do NEACS e rodas de aprendizagem, que mostra um avanço dos Indicadores de Transição Agroecológica (ITAs). Pois o fato de o próprio agricultor expor o que está fazendo, e o que aprendeu, é motivador”.


O técnico em desenvolvimento produtivo do Pró-Semiárido, Emanoel Amarante, avalia que o espaço de roda de aprendizagem tem sido um grande motivador para técnicos/as e agricultores/as e tem gerado resultados transformadores junto às famílias agricultoras, seja pela produção limpa ou pela economia de recursos financeiros com o uso de insumos locais.

“Depois das rodas e do empenho dos técnicos, os agricultores viram que produzir sua própria ração com plantas da Caatinga trazem bons resultados. Com esta ração, tanto aproveita coisas da casa como aproveita sementes, plantas da Caatinga e adaptadas. A produção da ração faz com que eles não tenham esse gasto extra com insumos vindos de fora. As rodas, cada vez mais, vêm mostrando, no depoimento dos agricultores, que elas vem transformando a vida deles e as nossas também, como técnicos que vêm acompanhando essa mudança dos agricultores”, diz Emanoel Amarante.

O Pró-Semiárido é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Rural do Estado da Bahia (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).


Publicado originalmente por: SDR em 25/06/2021.

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