A 11ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bahia, foi um sucesso de vendas, de conhecimento e de participação. Devido a pandemia do novo Coronavírus, o Governo da Bahia optou por uma programação 100% online, aberta e livre com transmissão pelo site: www.feiradaagriculturafamiliar.com.br e pelo youtube da SDR BA. A abertura oficial foi dia 05/12 (sábado) e o encerramento foi com a live do Cantor Adelmario, no dia 13 de dezembro (domingo).

Contando com 09 dias de programação diversificada e acolhedora, o público pôde passear pelas Trilhas Virtuais, que refletiram a regionalidade dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, com representação dos aspectos tradicionais, culturais, turísticos e principalmente, o potencial produtivo dos empreendimentos do comércio justo e solidário da Bahia.
A FEBAFES constitui uma das estratégias do Governo da Bahia de promover espaços de comercialização e geração de renda para produtores e produtoras da agricultura familiar. Foi realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), em parceria com União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). Conta ainda com a parceria da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) e da ESCOAF, startup de comercialização virtual.
Citando Valda Aroucha – Coordenadora do Território Itaparica, Ecóloga e Sócio Fundadora da AGENDHA: “Essa economia criativa se faz necessária nestes novos tempos, buscando formar consumidores e fornecedores ainda mais conscientes, com a venda de produtos limpos, com valores agregados da agricultura familiar, com a consciência ecológica, socioprodutiva”.
O Governo da Bahia disponibilizou a comercialização dos produtos por meio do e-comerce, com entrega gratuita para todo o estado pela Startup ESCOAF que é responsável pela venda de produtos da agricultura familiar da Bahia. São alimentos saudáveis, produzidos de forma agroecológica, com menos agressão em uma busca constante pela sustentabilidade dos sistemas produtivos. Foram mais de 600 produtos à disposição dos consumidores conscientes, entre eles: Pasta de castanha de caju integral, chocolate especial com licuri, doce de buriti, umbuzada, concentrado de umbu sem açúcar, cerveja de umbu, cafés gourmets, azeite de licuri, cervejas de maracujá da Caatinga, flocão de milho não transgênico, doces, beijus, artesanato, dentre tantos outros.
O Sociólogo e Coordenador Técnico da AGENDHA - Maciel Silva, foi o representante da AGENDHA e do Território Itaparica, esteve presente todos os dias da Feira, participando dos processos internos da comercialização virtual, além de ser o responsável pelos produtos cuidadosamente enviados para o Armazém da Agricultura Familiar, que está localizado em Salvador.
Conheça as quatro organizações do Território Itaparica que participaram esse ano:
O Artesanato Indígena do Povo Kariri Xocó
O Coletivo Kariri Xocó é um grupo de produtores e produtoras artesanais, que não possuem fins lucrativos, porém que utilizam a produção manufaturada de artesanato indígena para gerar renda para sua aldeia. Localizados, atualmente, após luta pelo seu território tradicional, na Cachoeira dos Veados, ao lado da Ponte Metálica da BR- 423 em Paulo Afonso. O artesanato apresenta grande versatilidade, e as peças vão desde biojóias a lanças, bolsas e cocas.
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A Comunidade de Artesãos e Artesãs de Macururé - ADCM
A Associação de Desenvolvimento Comunitário e Apoio aos Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Marruá, trabalha focada na criação de caprinos e na produção de artesanatos, pois possui diversos artesãos na comunidade Marruá, município de Macururé. As produções, na medida em que representam elementos da própria comunidade e paisagem regional sertaneja: Animais, cenários e, plantas endêmicas da caatinga. A cultura do povo nordestino retratada nas obras, em sua beleza e simplicidade, tem fortalecido a identidade local da comunidade e assim, contribuído para romper estereótipos.
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O Projeto Ecotilápia da Associação do Grupo de Artesãos e Produtores – AGAPPA
Regina Soares é uma artesã habilidosa do sertão da Bahia, criou junto com sua família, a técnica de curtimento utilizando o couro da Tilápia, um peixe muito apreciado na culinária de Paulo Afonso. O Projeto Ecotilápia é uma ação única no Território Itaparica e que utiliza o beneficiamento do couro desse peixe que é normalmente descartado sem nenhuma utilidade. O processo envolve a transformação das peles em artigos que tem, cada vez, mais ganhado espaço entre consumidores e empresas que valorizam o comércio criativo e justo. Os produtos mais vendidos são bolsas, blocos de anotações, tiaras, porta-cartãos, carteiras, porta-moedas e bijuterias.
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E a Associação Fios e Cores da Malhada Grande – ACAMG
O Povoado Malhada Grande, no município de Paulo Afonso, Território Itaparica, tem tradição na arte da tecelagem. Com paisagens singulares e um povo hospitaleiro, a localidade faz limite com patrimônios imateriais, como os sítios a céu aberto de arte rupestres e a floresta de pedras que dão a região uma paisagem única. É neste cenário, que surge a Associação Comunitária de Artesanato de Malhada Grande, cujo o nome fantasia é Fios e Cores da Malhada, uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2005, e composta por mulheres, que preserva até hoje a tradição e a arte de tecer nos teares rústicos manuais. Elas produzem redes, mantas e tapetes, além de outros produtos utilitários e de decoração, numa trama firme e resistente.
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A participação na 11ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, foi totalmente gratuita, com acesso a todas as informações pelo site: https://feiradaagriculturafamiliar.com.br/programacao que foi construído com exclusividade para a cobertura de todo o evento. Tradicionalmente, a FEBAFES tem uma programação rica em cultura e regionalidade, e, neste ano, manteve o repertório de apresentações com lives dos artistas baianos: Del Feliz, Margareth Menezes, Adelmo Casé e Adelmario Coelho. As lives com shows poderão ser re-vistas pelo canal do YouTube da SDRBahia e pelo site oficial.
A AGENDHA enriqueceu a programação, com a organização do Webinário: Caatinga Forte: Plano de convivência com o semiárido, estratégias, ações governamentais, segurança alimentar e nutricional dos rebanhos, sistemas produtivos e manejo na caatinga, que aconteceu no dia 11 de Dezembro, e teve como representante Edvalda Aroucha, em tempo que, Maurício Aroucha foi o moderador do Simpósio Diálogos Agroecológicos no Semiárido Baiano – Sementes e Genética Crioulas: Mostra das experiências de guarda, multiplicação e compartilhamento de sementes crioulas na Bahia, que aconteceu no dia 09 de Dezembro, além da participação de toda a equipe nos simpósios, workshops e, palestras que foram transmitidas.
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Bruna Cordeiro (AGENDHA)
Fotos: Acervo AGENDHA (Rafa Luz)
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